Após um período de imersão sobre a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos na União Europeia em 2019, os três educadores da Startup Green Thinking Project (Lucas, John e Rodrigo) co criaram o conceito da Reciclagem 5.0 Brasil, cujo objetivo é apresentar uma nova metodologia inovadora para a Gestão dos Resíduos nos municípios brasileiros, com enfoque para programas inteligentes e inovadores para a coleta seletiva baseado em projetos desenvolvidos na Europa e adaptados a realidade brasileira, especialmente no que tange a inclusão social de catadores de materiais recicláveis e o desenvolvimento de aplicativos que garantam a rastreabilidade dos resíduos, visando uma grande eficiência na taxa de encaminhamento destes para a reciclagem, hoje no Brasil, segundo o CEMPRE, reciclamos apenas 3% dos resíduos gerados.
Diante desde contexto, em parceria com o Sindicado dos Engenheiros do RS (SENGE RS) a startup de educação ambiental Green Thinking criou uma capacitação sobre este novo conceito para a Gestão dos Resíduos Sólidos no Brasil.
A Reciclagem 5.0 é uma metodologia/ferramenta alicerçada nos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU e baseada em 12 princípios:
1. Atendimento a Legislação e Requisitos Legais sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos no Brasil
2. Logística com Inovação e rastreabilidade
3. Design para o reuso ou reciclagem
4. Smart City e a Gestão de Resíduos Sólidos
5. A Educação Ambiental e a Gestão de resíduos Sólidos
6. Produção Mais Limpa
7. Mudanças Climáticas
8. Lixo nos Oceanos
9. Inclusão Social na Gestão de Resíduos Sólidos
10. Economia Circular
11. ODS da ONU e a Gestão de Resíduos Sólidos
12. Lixo Zero
Atualmente o cenário da gestão dos resíduos sólidos urbanos no Brasil apresenta um panorama ambientalmente incorreto. Segundo informações da Abrelpe - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais revelam que, em 2018, foram geradas no Brasil 79 milhões de toneladas, um aumento de pouco menos de 1% em relação ao ano anterior. Desse montante, 92% (72,7 milhões) foi coletado. Por um lado, isso significa uma alta de 1,66% em comparação a 2017: ou seja, a coleta aumentou num ritmo um pouco maior que a geração. Por outro, evidencia que 6,3 milhões de toneladas de resíduos não foram recolhidas junto aos locais de geração. A destinação adequada em aterros sanitários recebeu 59,5% dos resíduos sólidos urbanos coletados: 43,3 milhões de toneladas, um pequeno avanço em relação ao cenário do ano anterior. O restante (40,5%) foi despejado em locais inadequados por 3.001 municípios. Ou seja, 29,5 milhões de toneladas de RSU acabaram indo para lixões ou aterros controlados, que não contam com um conjunto de sistemas e medidas necessários para proteger a saúde das pessoas e o meio ambiente contra danos e degradações. Para fazer frente a todos os serviços de limpeza urbana no Brasil, os municípios aplicaram mensalmente, em média, R$ 10,15 por habitante.